Hoje começa a 13º edição do
famigerado Big Brother Brasil e com ele uma guerra branca: de um lado, os espectadores
fervorosos da atração; do outro, os militantes contra a alienação do programa
que dedicam boa parte do seu tempo criando argumentos para convencer os
indecisos. Já cansei desses discursos anuais anti-BBB. Entra ano, sai ano e é a
mesma falação e de que adianta? NADA. Não sou do tipo que perde programas
sociais para ver a atração, mas assisto quando posso. E gosto. De verdade.
Se não gosta do programa,
simplesmente não assista. Parem com esses discursos de alienação e retidão se você
mora num país onde todos, em maior ou menor escala, somos corruptos. Tente ao
menos respeitar a opinião alheia já que esta campanha para boicotar o BBB
sempre foi e sempre será frustrada. Não defendo o programa, mas as pessoas que
gostam e querem assistir tranquilamente sem ser bombardeadas com campanhas
inúteis e desagradáveis.
As vezes quem critica o BBB é a
mesma pessoa que paga para assistir um clássico do futebol e ajuda a engordar a
conta dos jogadores, dirigentes de times e ainda contribui para a alienação
maior deste país que é o FUTEBOL. Não sou a favor do futebol comercial, mas
respeito que curte. Cada um com suas escolhas. É cada um com sua manipulação
consentida.
Atendo às teorias da comunicação,
a manipulação só é possível quando uma mensagem enviada pela mídia é
imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores, em igual proporção.
Se existem pessoas que gostam e as que não gostam de qualquer programa, esta
teoria vai pelo ralo. Ou seja, manipulação só é possível se consentida, o que
deixa de ser o que é.
Uma emissora de TV não manipula.
Um político não manipula. Um sistema governamental não manipula. Perceber isso
é claro quando nos deparamos com uma sociedade com pessoas completamente
diferentes umas das outras. Ninguém é obrigado a aceitar as escolhas de outrem,
mas respeitar é mais que preciso. BBB pode não acrescentar ao intelecto, mas
mostra de forma clara uma das coisas que mais precisamos: aprender a conviver e
a respeitar.
E se você não pratica isso, não é
digno de ser vencedor no reality show da vida.
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