terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Manipulação consentida




Hoje começa a 13º edição do famigerado Big Brother Brasil e com ele uma guerra branca: de um lado, os espectadores fervorosos da atração; do outro, os militantes contra a alienação do programa que dedicam boa parte do seu tempo criando argumentos para convencer os indecisos. Já cansei desses discursos anuais anti-BBB. Entra ano, sai ano e é a mesma falação e de que adianta? NADA. Não sou do tipo que perde programas sociais para ver a atração, mas assisto quando posso. E gosto. De verdade.


Se não gosta do programa, simplesmente não assista. Parem com esses discursos de alienação e retidão se você mora num país onde todos, em maior ou menor escala, somos corruptos. Tente ao menos respeitar a opinião alheia já que esta campanha para boicotar o BBB sempre foi e sempre será frustrada. Não defendo o programa, mas as pessoas que gostam e querem assistir tranquilamente sem ser bombardeadas com campanhas inúteis e desagradáveis.

As vezes quem critica o BBB é a mesma pessoa que paga para assistir um clássico do futebol e ajuda a engordar a conta dos jogadores, dirigentes de times e ainda contribui para a alienação maior deste país que é o FUTEBOL. Não sou a favor do futebol comercial, mas respeito que curte. Cada um com suas escolhas. É cada um com sua manipulação consentida.

Atendo às teorias da comunicação, a manipulação só é possível quando uma mensagem enviada pela mídia é imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores, em igual proporção. Se existem pessoas que gostam e as que não gostam de qualquer programa, esta teoria vai pelo ralo. Ou seja, manipulação só é possível se consentida, o que deixa de ser o que é.

Uma emissora de TV não manipula. Um político não manipula. Um sistema governamental não manipula. Perceber isso é claro quando nos deparamos com uma sociedade com pessoas completamente diferentes umas das outras. Ninguém é obrigado a aceitar as escolhas de outrem, mas respeitar é mais que preciso. BBB pode não acrescentar ao intelecto, mas mostra de forma clara uma das coisas que mais precisamos: aprender a conviver e a respeitar.

E se você não pratica isso, não é digno de ser vencedor no reality show da vida.

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