Acordar parece um ato simples, mas não é. Acreditamos que despertar é levantar da cama e começar um novo dia, pronto para lidar com novos desafios, ganhos e perdas, mas não, não é só isso. Antes de levantar, o ato de acordar implica uma retomada de consciência e um rápido momento de organização das ideias que o sono nos proporciona. Logo após, um profundo suspiro que indica o início de uma nova batalha e um alongamento para ficarmos mais flexíveis durante a jornada que nos espera.
Dormir é bom, confesso. Permanecemos numa zona de conforto e relaxamento e, durante o processo do sono, exercemos toda nossa criatividade. Inventamos, fantasiamos, ousamos e inconscientemente planejamos. É daí que criamos nossos maiores objetivos. Mas de nada vale ter objetivos se não estamos acordados para torná-los reais. O sono é apenas uma recarga de bateria para concretizar o que planejamos no nosso inconsciente.
Algumas vezes os sonhos são rápidos e duram menos de um segundo. Outras duram tempo o suficiente para que, ao despertar, tenhamos a certeza de que aquela opção escolhida vale a pena ser concretizada.
É insano viver de sonho, mas é autossabotagem viver acordado o tempo todo, sempre em estado de alerta. Razão e emoção se completam, quando dosadas corretamente. Às vezes, o que mais precisamos é fechar os olhos e nos deixar, ainda que acordados, o sonho nos levar. Se sonhar acordado é bom, pra quê relutar?
Razão demais nos deixa duros, emoção demais nos deixa moles. Da vida quero a consistência.
Vida é equilíbrio.
