Não sou adepto à produção
industrial da arte. Na verdade, não me considero um artista pelo simples fato
de escrever e postar pensamentos soltos e algumas doses de senso comum em meu
blog. Encaro isso como uma forma de desabafo e uma higienização da alma, onde
coloco tudo o que penso e sinto. Livre de julgamentos alheios, gente torcendo o
nariz e falhas de comunicação - não escrevo de forma linear e incessante. Leio,
releio, volto, apago, edito, acrescento... Minha receitinha de bolo.
Pode soar egoísta, mas escrevo
para mim. São as minhas impressões, opiniões e pitacos sobre determinadas
coisas. E isso não significa que eu seja dono de verdade alguma, mas se você
concorda comigo, grato. Também não escrevo para alguém, mas às vezes – e quando
me dá vontade – dedico textos a pessoas que conheço e gosto, ainda assim sob
meu prisma. Não adianta, cronistas, poetas e escritores só pensam em seus
próprios umbigos. Caso contrário, a arte fica morta.
Escrevo no meu ritmo e quando
tenho inspiração. Já me forcei a escrever sem vontade e o resultado foi
desastroso, caindo naquela caixinha de coisas que se esconde e não mostra a
ninguém. Não cobre, não me pressione, não me pergunte por que blog está criando
teias: ele só reflete o que se passa em mim. Se lhe faltam atualizações, logo,
também minha cabeça.
Ao contrário do que pensam, a
arte do escritor é TRANSCREVER. Muito mais do que uma simples combinação de
letras, a verdade do artista está na cabeça e no coração e seu objetivo não é
escrever para o leitor, mas sim fazer com que compartilhem um mesmo ponto de
vista. Transmitir o que se pensa e sente é mais visceral do que meramente
prático.