Alguns preferem as
estrangeiras, outros as pequenas, há quem goste das grandes, mas eu
prefiro as fáceis. As difíceis são encantadoras e mexem com nosso
brio, nos fazendo buscar respostas para as perguntas que elas
suscitam. As pequenas guardam o universo em si e, embora pareçam
frágeis, suportam as mais fortes emoções. As grandes são
imponentes e às vezes te fazem perder o ar. Quase nunca sozinhas,
elas dependem de outros por perto para que se sustente. As
estrangeiras tem lá seu fascínio. Me fazem repetir diversas vezes a
mesma coisa para chegar num tom que se aproxime ao nativo.
Mas as que fazem meu
peito palpitar são, de fato, as fáceis. Elas são diretas e
objetivas. Não deixam dúvidas sobre a que vieram. Servem à todos e
não fazem distinção de cor, credo, raça ou classe. São fieis e
estão sempre conosco. Agregam, integram, resolvem... universalizam!
E vejam só como são
as coisas: sou maníaco por palavras mas é justamente atrás das
fáceis que eu corro.