domingo, 29 de maio de 2011

Tempo de que?



E quanto ao tempo que perdemos? Quanto tempo ainda vamos perder? É tudo uma questão de tempo ou da perda dele? Há tempos tenho dado tempo ao tempo, na esperança de não sei o que. Ainda há tempo?
É certo que de alguma forma a vida continua e segue por uma larga avenida, mas é preciso olhar para ambos os lados para não ser atropelado por sentimentos e emoções que passam cada vez mais acelerados.
E os sentimentos? São vias de mão dupla? Atalhos, desvios ou a rota principal? Quem sabe um caminho ainda inexplorado... E as regras? De fato, sua existência é subjetiva e completamente facultativa, sujeito a duras punições caso ocorram colisões. E a pena é individual, intransferível e de severas penas, dependendo do condutor. Condutor este que é seu próprio fiscal e assina sua própria sentença. 

Ad infinitum





Me reciclo
Me renovo
Me modelo
Me lavo
Me passo
Me desdobro
Me jogo no chão, as vezes.
Pego o fim e o transformo em um recomeço.
E cada vez mais tenho a certeza de que nunca mais serei o mesmo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Por que não hoje?


Hoje é um dia comum, uma quinta feira qualquer, em que eu acordo no mesmo horário de sempre, faço as mesmas rotinas, vejo as mesmas pessoas.  Talvez mais um dia em meu calendário que pode passar despercebido e nada de realmente importante aconteça na minha vida. Certo?
Errado! Quanto mais vivo, mais vejo que cada dia é especial e diferente. Isso por causa do poder das minhas escolhas. Pode não ser uma data especial, mas hoje eu escolhi a melhor roupa, fiz a barba, passei meu melhor perfume e decidi encarar a vida com a cabeça de um adolescente. Sim, adolescente! No sentido mais profundo da palavra. Sedento por novas sensações, novos desafios e, mais do que nunca, quero viver com intensidade cada momento.
Mas, por que num dia tão comum como hoje? Porque como todo adolescente, estou respondendo a um súbito estímulo chamado nostalgia. Aquela vontade de reviver uma determinada fase da nossa vida, conviver com pessoas queridas e talvez até fazer alguma coisa diferente. Aquele desejo de ser mais intenso, rir, chorar, abraçar, conversar ou até mesmo mudar uma determinada época que não volta mais. Talvez a nostalgia seja isso, um arrependimento pelas oportunidades perdidas.
Diferente da saudade, a nostalgia é indolor. São lembranças boas que ficarão para sempre no nosso livro de memórias, pois desta vida, levamos somente as lembranças. Então que estas sejam boas. De hoje em diante eu juro ser mais intenso, sem deixar de lado as responsabilidades; prometo rir mais que ontem e menos que amanhã, mas não me tornar um bobo por isso; firmo o compromisso de ser feliz, independente das forças contrárias.  E você? Vem comigo?

E hoje foi o dia que eu escolhi para começar este blog. Sejam bem vindos e sintam-se em casa.

Let's talk about happiness.


Ser feliz é natural? Até que ponto? Nos últimos dias fui atingido por uma maré de otimismo e bom humor que me fazem refletir sobre isso. Eu preciso de motivos pra ser feliz? Ou melhor, onde eu busco tais inspirações para me sentir assim? É algo tangível?
Parei e pensei, mas por pensar demais preferi não definir o indefinível. Nós, humanos, temos o incessante desejo de materializar o que não se pode tocar. Talvez como forma de obter o controle da situação. E sempre nos frustramos quando tentamos fazer o papel de Deus. Quanto tempo ainda teremos até aprendermos que somos produto do meio?
A impotência diante de alguns fatos aguça nossa audácia em querer dominar algo, alguém ou a nós mesmos. Somos tão fracos e frágeis perante aos riscos que a única arma que realmente temos é o raciocínio lógico, que na maioria das vezes é ilógico. Não chamo de inteligência, pois se realmente a fosse, viveríamos plenamente sem este amontoado de idéias e artefatos (f)úteis.
Mais que um sentimento, a felicidade é uma opção. Há quem diga que é uma filosofia de vida, mas acho insano ser feliz o tempo todo. Façamos então uma proposta: De hoje em diante, eu proponho sentir mais e pensar menos, escutar menos com os ouvidos e mais com o cérebro, fechar meus olhos e enxergar com o coração. Frustrações são inevitáveis, mas tenho certeza de que chegaremos ao fim do dia com um sorriso bobo no rosto e a esperança de que amanhã será melhor que hoje.