quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Nós



Ando pensando muito em nós. Nos meus nós. Os nós que atam minha vida, os nós na minha cabeça, na minha garganta. Pensar em nós é algo que me perturba. Para que haja nós em duas cordas de espessuras diferentes, feitas de fios diferentes, é necessário que ambas as partes estejam preparadas para os puxões que a vida dá. Para constuir laços fortes é preciso muito mais que força. Disposição, comprometimento e inteligência emocional (para lidar com as tempestades) são primordiais para a construção dos nós.
Quer saber? Cansei da corda bamba, da falta de equilíbrio, do medo de cair... Levei muito tempo da minha vida tentando árduamente engrossar os fios da minha corda. Transformei-a de tal forma que não fosse fina demais, para que não se rompa com uma tempestade de verão, e nem dura demais para que meu navio não fique atracado ao cais e busque novos portos.
Não é justo, então, que depois de tanto esforço e auto disciplina que eu teça sozinho a corda de outrem. Construir uma conduta é coisa muito séria pois envolve sonhos, objetivos e um futuro. Portanto, cabe a cada um de nós desatar próprios seus nós para que, um dia, deixamos de pensar em “eus” para pensar em nós.

domingo, 14 de agosto de 2011

Eu confesso!



Me declaro agora, publicamente, um ser sentimental. Muito além do que deveria ser. Mas, ao contrário das outras manteigas derretidas, sou um sentimental contido, nostálgico e temporão. 
Contido, pois apesar de tudo, não consigo expressar toda minha emoção em público e até hoje não sei se isso é uma qualidade ou um defeito, fortaleza ou fragilidade. Nostálgico porque choro mais pelas lembranças ao invés do medo ou dor. Talvez relembrar seja uma tentativa de nunca se esquecer, mas deve-se tomar cuidado com as lembranças. Olhar para frente é tão importante quanto aprender com os tropeços do passado.
Temporão. Acho que essa é a palavra que mais me define. Não sou desses que vê um filmes românticos e se debulha em lágrimas, a não ser que eu me veja na história. Sou aquele bobão que sempre fica com um nó na garganta em celebrações familiares, aniversários e datas comemorativas. Aquele que quando todos estão reunidos à mesa, pede a palavra e fala coisas desconexas e abstratas, mas no intento de exprimir todo aquele turbilhão de emoções que está deveras sentindo. Tentativas quase sempre fracassadas, mas creio que todos captaram a intenção.
Enfim, meu Dia dos Pais foi assim. Embora não tenha dito com estas palavras e com devida veemência, pai, eu te amo muito! Te amo mais ainda porque sou seu reflexo em quase tudo e, assim, aprendo com seus erros e você aprende com os meus. Obrigado por tudo, e principalmente pelas coisas que você abdicou por minha causa. 

Meu único medo é a possibilidade de não retribuir à altura tal amor, mas farei o que estiver ao meu alcance.

Mais uma vez: PAI, EU TE AMO.