sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Revolução da involução




Fazemos parte de uma geração que prega o que não pratica, fala no que não acredita e vive pela metade, pensando que é inteiro. Somos embalados pelo hit “feel the love generation”  alimentados pela grande ilusão de que vivemos o amor, mas nem ao menos sabemos o que isso significa. Isso porque grande parte da nossa Geração Coca Cola aprende mais sobre estética e padrões sociais e ignora a essência humana dentro de cada um de nós. 

Não serei hipócrita de dizer que a estética é irrelevante, mas o problema está na importância e na prioridade que damos às pessoas somente pela “casca”. Mas o pior é saber que cada vez mais esta cultura está entranhada em nossas mentes e que talvez seja um caminho sem volta.

Quem nunca ouviu uma adolescente dizer “Ai, acho que estou apaixonada. Ele é tão lindo!”? Mas será que só beleza basta para se apaixonar de verdade? Vindo de uma pessoa que está iniciando sua vida sentimental, ainda é aceitável. O problema está quando o tempo passa, o indivíduo cresce, se desenvolve e continua com esta mentalidade fútil e parcial. Nasce então uma geração de crianças frustradas, que buscam no outro uma forma de satisfazer os “desejos dos olhos” e fecha o coração aos verdadeiros valores humanos que todos temos. 

Estamos na era dos corações partidos, dos relacionamentos rápidos e intensos, dos términos traumatizantes, da rotatividade sexual e principalmente da carência de sentimentos. Procuramos sempre um relacionamento ideal baseado no respeito, companheirismo, amizade, fidelidade e muito carinho, mas quando encontramos não damos o devido valor e vamos logo atrás das coisas que nos fazem sofrer. Como caramujos que se escondem em suas conchas ao menor dos movimentos sem ao menos saber o que o aguarda. 

Somos um povo que não se permite amar. Somos um time de 11 goleiros e nenhum atacante, por puro medo de que a bola da dor balance nossas redes. 

Não somos evolução, mas sim involução.

Somos uma geração de fracos.