Fazemos parte de uma geração que prega o que não pratica, fala no que não acredita e vive pela metade, pensando que é inteiro. Somos embalados pelo hit “feel the love generation” alimentados pela grande ilusão de que vivemos o amor, mas nem ao menos sabemos o que isso significa. Isso porque grande parte da nossa Geração Coca Cola aprende mais sobre estética e padrões sociais e ignora a essência humana dentro de cada um de nós.
Não serei hipócrita de dizer que a estética é irrelevante, mas o problema está na importância e na prioridade que damos às pessoas somente pela “casca”. Mas o pior é saber que cada vez mais esta cultura está entranhada em nossas mentes e que talvez seja um caminho sem volta.
Quem nunca ouviu uma adolescente dizer “Ai, acho que estou apaixonada. Ele é tão lindo!”? Mas será que só beleza basta para se apaixonar de verdade? Vindo de uma pessoa que está iniciando sua vida sentimental, ainda é aceitável. O problema está quando o tempo passa, o indivíduo cresce, se desenvolve e continua com esta mentalidade fútil e parcial. Nasce então uma geração de crianças frustradas, que buscam no outro uma forma de satisfazer os “desejos dos olhos” e fecha o coração aos verdadeiros valores humanos que todos temos.
Estamos na era dos corações partidos, dos relacionamentos rápidos e intensos, dos términos traumatizantes, da rotatividade sexual e principalmente da carência de sentimentos. Procuramos sempre um relacionamento ideal baseado no respeito, companheirismo, amizade, fidelidade e muito carinho, mas quando encontramos não damos o devido valor e vamos logo atrás das coisas que nos fazem sofrer. Como caramujos que se escondem em suas conchas ao menor dos movimentos sem ao menos saber o que o aguarda.
Somos um povo que não se permite amar. Somos um time de 11 goleiros e nenhum atacante, por puro medo de que a bola da dor balance nossas redes.
Não somos evolução, mas sim involução.
Somos uma geração de fracos.
Nossa. Nossa. Assim você me mata.
ResponderExcluirEu me sinto exatamente como um goleiro que só pensa em se defender da dor e não consegue sair da grande área.