terça-feira, 25 de outubro de 2011

1... 2... 3... JÁ!


Estou aqui, sentado há cerca de vinte minutos, tentando encontrar uma frase que faça algum sentido para começar este texto. Depois de quase um mês sem criar, a primeira coisa que me vem à cabeça é: enferrujei. Escondendo minha preguiça debaixo do tapete, coloco culpa no ócio, na rotina, nas redes sociais, em tudo. Menos em mim mesmo. Sim, a culpa é única e exclusivamente minha por não tomar a inciativa de escrever quando os primeiros traços de  inspiração invadiram meus pensamentos.

Mas por quê é tão difícil começar? Não só em textos, mas em todos os âmbitos da vida, sinto uma imensa dificuldade nos começos. Talvez o espírito comodista, talvez os pensamentos negativos, talvez o medo de não conseguir concluir a tarefa. Tudo é motivo, nada é solução. Pensamos demais quando as vezes o necessário é apenas um "sim". Um arremesso de olhos fechados sem saber onde vai acertar e quais as proporções isso vai tomar. 

Todas as vezes que pensamos em começar algo e não colocamos em prática, utilizamos incessantemente o "MAS". O considero o coito interrompido da língua portuguesa. "Eu tentei começar minha dieta hoje, MAS é aniversário do meu chefe e não posso deixar de comemorar", ou "Eu tentei abrir meu coração à novas experiências, MAS não consegui". É como uma experiência falha de um quase orgasmo. Pra estes argumentos eu só tenho uma resposta: Quando TENTEI MAS não consegui, eu de fato nunca tentei. Ou não quis tentar.

Fazemos isso porque começar exige disciplina, abdicação e vontade. Exige também uma fase de adaptação, mudança de hábitos e troca de ideias. Muitas vezes nos acomodamos com o medo para sentir segurança, não enxergando o bom que há de vir. Como saber o gosto que uma fruta tem sem antes experimentá-la?

O segredo do sucesso é o risco. Todos os vencedores correram riscos, passaram por dúvidas, enfrentaram obstáculos (talvez a maioria destes, internos), mas conquistaram seus objetivos. Realizar sonhos é arriscar, saltar de um precipício, traçar metas e abrir caminhos para que estas sejam realizadas. E quando isso pode começar?


Que tal agora?

3 comentários:

  1. começos intimidam pq são cheios de possibilidades. e possibilidades, por sua vez, dão um medo do caralho. quando só tem uma coisa que pode ser feita ou um caminho pra seguir, é fácil. vc vai por ele e ponto. às vezes dá errado, às vezes dá certo, mas você simplesmente não teve escolha. escolha complica as coisas porque é quase todo mundo é gato escaldado. e, infelizmente, o que a gente tem como embasamento, material pra comparação ou qualquer outra coisa nesse campo semântico, é só o passado. quando ele foi pior do que ser atropelado por um trem, até vc perceber que não tem sempre que ser assim, que as coisas podem ser leves e boas, vixe, vai uma vida.
    a gente tenta (lá vem essa maldita conjunção), mas depois de um tempo vestindo a armadura, é quase doloroso sair dela e ficar vulnerável de novo. por mais que possa parecer promissor.

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  2. Amandita!
    É como eu disse: são riscos que temos que correr. Como saber se não tentar?
    Alguém disse que viver é fácil? ;)

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  3. Fred, excelente reflexão. Concordo plenamente com o que disse nele e me identifico muito com essa situação e, como acredito que a vida seja só uma, às vezes é preciso agir mesmo com todos esses riscos. Afinal, só erra quem tenta e posso passar do nível dos que apenas pensam para aquele dos que realizam seus sonhos.

    Continue escrevendo, que estarei acompanhando.

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