segunda-feira, 10 de junho de 2013

Natureza Humana


Tudo tem uma razão de existir. Longe de mim falar sobre espiritualidade e filosofia, não sou entendedor e muito menos curioso pelo assunto. Falo da natureza, mesmo. Segundo teorias criadas pelo homem, cada elemento tem um papel fundamental para o bom funcionamento do planeta. O problema é que nos colocamos no topo desta cadeia e nós decidimos o que bem entendemos com ela. 

Está circulando na internet um vídeo bastante interessante sobre dois cães, cujo um é cão-guia do outro. Amigos desde antes da doença que cegou o labrador Milo, ele o terrier Eddie possuem uma relação de cumplicidade que poucas vezes vemos entre humanos. Sabendo das limitações do amigo, Eddie o acompanha nas caminhadas, brincadeiras e, com um guizo pendurado na coleira, guia seu amigo para que ele não se perca nem tropece nos obstáculos.

Poderia ser um viral qualquer, mas sob o ponto de vista das relações ele nos questiona se podemos mesmo ser considerados os únicos habitantes do planeta dotados de razão e emoção. Cães amam seus entes, galinhas protegem suas crias, baleias morrem para defender seus filhotes, pinguins possuem um senso de coletividade fora do comum. Chegamos na Terra depois deles e nosso único trabalho foi copiar os exemplos que deram certo. 

Somos uma subespécie de plagiadores que tomamos o posto da chefia. Com armas e ferramentas, usurpamos o poderio que nunca foi nosso e fizemos um estrago de proporções talvez irreversíveis. Deturpamos o conceito do que é natural e criamos a natureza humana, com suas próprias regras, leis e legados sujos. Somos reis de um império que criamos a troco da escravização, morte e extinção de diversas espécies. Estudamos a essência e o comportamento de todos os seres vivos do planeta, ignorando nossos próprios e criando subterfúgios para explicar nossas mazelas. 

De fato, tudo tem uma razão de existir, inclusive a vontade de que seja criada uma raça realmente superior a todas as existentes, que crie um mundo de paz e respeito. Senão, meus caros, melhor viver no espaço que, por enquanto, é de ninguém.



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