Há que se criticar, não importa o que. É o governo, a inflação,
o preço da gasolina e até mesmo aquela barriga indesejável que nos
faz prender a respiração – principalmente em fotos na praia -,
tudo para disfarçar no digital o que no real tanto nos incomoda. E
há quem faça da reclamação sua fonte de sustento, como o caso dos
críticos, cronistas, blogueiros, cronistas e demais profissionais
que fazem do erro alheio (ou da sua própria insatisfação) uma
forma de faturar.
E ao longo da história a gente foi criando formas de lidar com essas
críticas e canalizá-las para algum lugar. Pinturas, esportes,
livros, e agora a internet. Mas num caminho inverso, em vez de
compartilhar suas infelicidades, a gente compartilha o que é bom.
Nunca se viu tanta gente aparentemente gozando da felicidade plena e
tanta gente irritada com a tamanha exposição. E isso vicia os
expectadores de plantão.
“Cíntia nasceu virada pra lua, né? Muito estranho essa felicidade
toda”.
“E o Joel que já viajou o mundo, cê viu!? Onde é que consegue
tanto dinheiro? Sei não...”
“E Cláudia que posta foto com Deus e o mundo, mas nenhuma com o
marido! Aposto que aí tem”.
A gente se seca tanto em problemas que querem nos privar de tomar um
gole da água desse oásis da vida online. Eu uso a internet para
mostrar o melhor de mim. O pior eu deixo pro analista. Deixa Michelle
se sentir mais magra nas fotos. Deixa Roberto mostrar que está na
balada de segunda à segunda. Deixa Fernanda mostrar seu sorriso na
internet e deixar o choro para o travesseiro. Se você não está
disposto a compartilhar das coisas boas, você daria o suporte
necessário às ruins?
Eu deixo aqui meus sorrisos, as fotos das minhas férias, minhas
opiniões construtivas, as iniciativas que achei bacana ou qualquer
coisa que possa acrescentar. Sei o limite entre compartilhar
momentos e escancarar intimidades. E deixo em outros lugares minhas
angústias, meus medos, anseios e também minha ira. Procuro ficar
longe da patrulha da vida alheia. Se aqui não for para mostrar o meu
melhor, o pior também não será.
Há muito esforço empreendido na observação da pseudo vida alheia. Olhemos mais pra dentro que pra fora. Também busco compartilhar felicidades sinceras, idéias e ações positivas. Deixo as tragédias do mundo pros jornais. Não estou imune às dores e tragédias, mas acredito que compartilha-las nas redes sociais é conferir à elas uma importância maior que de fato merecem, permitindo que se estendam por um tempo maior que o necessário!
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