segunda-feira, 9 de dezembro de 2013



Quanto mais nos aproximamos da tão criticada Copa do Mundo de 2014, que será sediada em nosso país, mais nos deparamos com nossas dificuldades para receber um evento deste porte. Para os novos revolucionários - pois os cara-pintadas só querem um sofá, cerveja gelada e que essa juventude cale a boca - a pauta é sempre a mesma: falta estrutura. Falta transporte público de qualidade, faltam hospitais decentes, faltam investimentos em vias públicas e uma série de reinvindicações que não cabe a mim dizer. Pedidos legítimos, já que estamos longe de alcançar os índices dos países de primeiro mundo, mas a estrutura que está realmente defasada em nosso país são as pessoas. 

Ontem, a partida decisiva entre Atlético Paranaense e Vasco pelo Campeonato Brasileiro foi interrompida por conta de uma selvageria sem igual entre as torcidas. O país ficou estarrecido com tamanha violência que levou quatro torcedores presos e três hospitalizados em estado grave. O mesmo aconteceu na festa de comemoração da vitória do Cruzeiro, só que desta vez foi mais imcompreensível: integrantes da mesma torcida se degladiando em praça pública, fazendo cancelar a festa que iria acontecer próximo ao estádio do Mineirão.

Dois exemplos entre vários que poderia citar para mostrar que a principal matéria prima de um país são as pessoas e são suas atitudes que mostram o quão desenvolvido é o local. E os telejornais insistem em classificar os agressores como vândalos e marginais, mas nunca como torcedores. Ele é vândalo, mas antes disso é torcedor, sim. O motivo que o levou à violência foi a paixão pelo time. Enquanto a gente continuar jogando a responsabilidade para o outro, tanto no governo quanto em nossas relações pessoais, a realidade só tende a piorar. 

O Brasil é um país lindo e nosso povo é sem igual, porém o mesmo povo não vende a imagem do país que a gente quer. Todo bom comerciante sabe que para vender o produto é preciso enfatizar nas qualidades, mas nós vendemos um Brasil com defeitos. Mas é uma atitude inteligente, pois é mais fácil criticar do que promover mudança. Demos o nosso tão famoso jeitinho brasileiro.

De nada adianta eu clamar nas ruas por educação se uso da "colinha" em prova; não tenho o direito de protestar contra a corrupção se uso de meios ilícitos para tirar quaisquer vantagens; que moral eu tenho para pedir um novo país o qual não estou preparado para receber?

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