quinta-feira, 12 de abril de 2012




Seres humanos tem a insistente mania de quantificar sentimentos e exigir demonstrações a todo o tempo. Eu, como legítimo exemplar da espécie, não fujo à regra. Gosto de ser bem quisto, me emociono a cada sms inesperada e, principalmente, A-D-O-R-O ser lembrado. Seja qual for o motivo, saber que alguém pensa em nós é de uma satisfação que não se descreve em palavras.
Quantifico e qualifico meus amigos não pela proximidade física – embora seja extremamente importante - ,  mas pelos sublimes momentos em que só aquela pessoa seria capaz de presenciar e sentir da forma como imaginei. Costumo os catalogar por cheiros, músicas, momentos ou simples frases dita numa entonação específica. É cada um com seu cada qual, sendo individualmente insubstituível.
Mais que pensar em determinada pessoa, lembrar dela é afirmar que, de certa forma, este afeto é único. É buscar no baú de nossas recordações as mais lindas histórias. É olhar pra dentro e ver que mesmo na infinidade de momentos e pessoas especiais a se lembrar, aquela é a mais adequada ao momento.
Honra também é ser lembrado. Saber que fazemos a diferença na vida do outro nos faz ter a certeza de que nada é para sempre, mas tudo vale a pena. Até mesmo o simples fato de lembrar.
Este texto vai para meus afetos que, perto ou longe, muito ou pouco, lembrando ou sendo lembrados, estão guardados em mim.

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